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Guia de Terminologia da Cerveja: Tudo o que você precisa saber antes da próxima tarde de bar

Para você que está entrando nesse universo de cervejas artesanais agora e não quer fazer feio quando for em um bar e se deparar com incontáveis torneiras de cervejas artesanais, bolamos um guia prático para que aumente seu nível de consciência nesse assunto e não se intimide mais na hora de escolher seu chopp.

Saiba diferenciar uma lager de uma ale, aprenda os termos para descrever o sabor e a textura da cerveja e fique por dentro das tendências do mercado. Assim, você poderá saborear sua bebida favorita com muito mais consciência!

Saiba diferenciar uma IPA de uma Stout e surpreenda seus amigos na próxima vez que for à choperia! Além disso, ficar por dentro dos termos usados para descrever as cervejas pode ajudá-lo a escolher o estilo ideal para sua disposição do momento. Então, vamos lá: aprenda o significado das principais terminologias usadas em cervejas artesanais!

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Entendendo sobre famílias e estilos de cervejas

As cervejas são dividas em três grandes grupos: lager, ale e cervejas de fermentação natural. As diferenças na temperatura e características de fermentação é que criam as famílias distintas de cerveja, com vários estilos entre elas.

As cervejas lagers são maturadas num maior período sob baixa temperatura e suas leveduras decantam no fundo do fermentador, por isso o termo “Baixa Fermentação”. Por serem de baixa fermentação, geralmente, em cervejas lagers, a complexidade olfativa e gustativa virá dos maltes e lúpulos usados para a fabricação da cerveja. Já as ales são fermentadas em temperaturas mais altas que as lagers e suas leveduras ficam no topo do mosto no processo de fermentação (Alta Fermentação). São produzidos muitos ésteres que dão um tom frutado a cerveja ale. Por fim, as cervejas de fermentação natural são aquelas que utilizam leveduras selvagens para a sua produção, o que resulta em um sabor único.

Cada estilo de cerveja corresponderá a uma dessas três famílias. Dentro de cada família temos uma grande variedade de estilos e dentro dos estilos uma infinidade de rótulos de cervejas importadas e nacionais. Cada estilo tem suas próprias características únicas, que são determinadas pelo tipo de levedura utilizada na fermentação, pelos ingredientes adicionados e pelo método de fabricação.

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Lagers

As cervejas Lager são muito populares no mundo todo e na sua grande maioria são estilos de cervejas mais leves e claras. Mas também temos dentro dessa família uma grande variedade de cores, aromas, potência de corpo e complexidade. Alguns exemplos de estilos da família Lager: Pilsen, Vienna, Munich Helles, Bock, Doppelbock, Maibock, Schwarzbier e Rauchbier.

Ales

As cervejas de alta fermentação (ale) são famosas pelo seu sabor frutado e aroma complexo. Geralmente, elas são mais encorpadas e possuem aromas mais intensos e variados. Os estilos mais conhecidas dessa família são: IPA, Stout, Weizenbier, Porter, Blond Ale, Irish Red Ale, Trippel e Witbier. Os estilos da família Ale, como a Stout, a India Pale Ale (IPA) e a Witbier, conquistaram o paladar dos brasileiros graças à sua versatilidade. São cervejas que combinam perfeitamente com os diversos momentos do dia: durante o almoço, no happy hour ou até mesmo para acompanhar uma boa pizza. Independentemente do momento, as cervejas de alta fermentação sempre agradam. Seja pelo sabor forte e característico ou pela refrescância que proporcionam, elas são verdadeiras apostas para os apreciadores da bebida!

Lambic

As cervejas da família Lambic são muito peculiares e com sabores para paladares muito específicos. Elam lembram muito vinho ao bebê-las e seus estilos de destaque são: faro, geuze e kriek.

O BJCP disponibiliza uma classificação completa dos estilos de cervejas e suas características documentadas, que podem ser vistas aqui.

Caso deseje aprofundar mais sobre cervejas, indicamos esse livro.

Alguns termos encontrados em bares

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Termos que descrevem a cerveja que são muito encontrados em bares:

IBU: o IBU aponta o valor de intensidade do amargor do lúpulo que a cerveja tem. Quanto mais alta, mais amarga.

ABV: Referente ao teor alcóolico, é a porcentagem de álcool que a cerveja tem.

Dry Hoping: é uma técnica de lupulagem, que adiciona lúpulo a cerveja na fase de fermentação ou maturação.

Drinkability: “quão fácil é tomar uma cerveja”. Quanto mais alta é mais fácil de beber. Drinkability baixa significa que a cerveja é mais pesada e é para beber aos poucos.

EBC: é uma das escalas para medir as cores da cerveja e é a usada no Brasil.

Off flavor: aromas e sabores indesejados numa cerveja, um defeito. Como amanteigado, aroma de papelão…

Ésteres: São identificados quando percebemos aromas ou sabores frutados na cerveja. porém podem ser considerados off flavors também, em grandes quantidades.

Growler: garrafão para levar chopp pra casa. Usualmente vendido ou usado em bares em que servem chopp na pressão.

Pasteurização: técnica normalmente usada em cerveja engarrafada, no qual, a cerveja é esquentada a uma dada temperatura e resfriada na sequência a uma temperatura específica. Isso, para aumentar o tempo de durabilidade das cervejas.

Turbidez: o quão turva é uma cerveja.

Session: versões menos alcóolicas de um estilo de cerveja.

Single Hop: cervejas que usam apenas um tipo de lúpulo.

Carbonatação: gaseificação da bebida. Responsável por dar característica a cerveja percebida aos sentidos humanos, como o brilho, a cor, o aroma, o sabor e a textura. Se devem à presença do gás carbônico produzido pela carbonatação [dissolução de dióxido de carbono (CO2) em água (H2O)]. O gás carbônico também é o responsável pela formação da espuma da cerveja, que é extremamente importante porque age como isolante térmico, preserva o sabor e o aroma e pode até indicar a qualidade da bebida apreciada.

Pint: copo tradicional de cerveja, comum nos Estados Unidos e na Europa. Na Inglaterra e nos países próximos, o pint equivale a 568ml, já, na América equivale a 473ml.

Retrogosto: Sensação que permanece após a ingestão da cerveja.

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Um copo para cada estilo de cerveja

No universo das cervejas artesanais existem copos específicos para estilos de cerveja, e não se trata apenas de frescura, se trata de formatos que contribuem para apresentação da bebida, para evidenciar as características sensoriais da cerveja e que também ajudam a manter as características ideais e a temperatura de cada estilo.

“O tipo de copo influencia na formação e retenção de espuma, percepção aromática, velocidade do escoamento do líquido, regiões da boca onde o líquido passa…”, explica a sommelière Carolina Oda, professora do Science of Beer. “A ocasião de consumo, o fato da cerveja ser ou não filtrada ou refermentada também são fatores a serem analisados na escolha do copo”, completa.

Abaixo alguns exemplos de copos ideais correspondentes a cada estilo:

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Dicas

No século XVIII foi quando surgiram as indústrias de vidro e as taças e os copos começaram a ficar populares entre os apreciadores de cerveja. Antigamente bebia-se cerveja em canecas de cerâmica, porém, elas não possibilitavam a apreciação de aspectos importantes, como a transparência, cor e espuma.

Vejam alguns exemplos de copos, que podem ser adquiridos e usados por abranger uma maior quantidade de estilos de cervejas:

Pint

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Considerado na verdade uma unidade de medida, um Pint inglês equivale a 568 ml e o estadunidense 473 ml. A palavra pint é usada em bares para se pedir uma cerveja no Reino Unido. Por permitir beber vários tipos de cervejas e em grandes quantidades, acaba sendo o mais popular em pubs europeus.

Weizen

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Sua boca larga permite que a espuma fique evidenciada no topo, em um colarinho persistente, formado à medida que elas são servidas. É também ideal para a concentração de aromas, presentes nas Weissbier.

Mugs

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Primeiro formato de recipientes para cervejas, muito usado em festivais como Oktoberfest. São robustos. pesados e de grandes quantidades de armazenamento.

Cálice

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Também chamado de Goblet, e é ideal para apreciar as aromáticas cervejas belgas. De boca larga, possibilita a maior percepção dos aromas.

Pokal

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Considerado um dos mais comuns e universais na degustação de cervejas. A forma da taça favorece a preservação de espuma e saídas de aromas a cada vez que se toma.

Lagers

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Muito popular no Brasil para servir cervejas Pilsen, permite apreciar a clareza, transparência e efervescência características do estilo. Sua base é mais pesada, justamente para manter o equilíbrio do copo.

Tulipa

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A tulipa com sua base mais larga e boca estreita, permite a expansão e retenção dos aromas para capturar melhor os aromas de cervejas de estilos como Belgian Strong Ale, que é o estilo mais indicado para esse tipo de copo.

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Normalmente as pessoas começam apreciar a bebida artesanal com Pilsens, que é diferente das Pilsens que se encontram nos rótulos de prateleiras por ai, que na verdade são American Lager. As cervejas artesanais frescas são muito mais saborosas por seu processo de produção. Gosto é gosto, então, há uma grande variedade, mas, é bom começar com os mais leves e ir aumentando o teor alcoólico, corpo, e a potência até ir evoluindo seu paladar. Uma boa sequência seria primeiro Pilsens, depois ir se aventurando por Ipas, Apas, Weiss ou Red Ale, e por fim, uma Stout ou Porter.

Uma outra dica que deixamos, é que a espuma serve para preservar o sabor e as propriedades do chopp, e seu nível ideal varia de estilo para estilo, porém, recomenda-se ter pelo menos 3 cm (dois dedos) de colarinho sobre a bebida no copo.

Cervejarias

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As cervejas artesanais, ou seja, produzidas em pequenas quantidades, estão conquistando os brasileiros e ganhando cada vez mais espaço no mercado. Elas são feitas a partir de ingredientes selecionados e recebem cuidados especiais durante todo o processo de fabricação, o que resulta em um produto final de excelente qualidade. Dentre as cervejas artesanais, as importadas têm se destacado pelo seu sabor inconfundível e pela riqueza de detalhes na sua elaboração. Já as nacionais estão ganhando força por oferecerem sabores únicos e inusitados, além de apresentarem preços bastante competitivos. É evidente que as cervejas artesanais vieram para ficar!

O consumidor tem a oportunidade de experimentar diversas cervejas e conhecer novas famílias, além de ampliar seus conhecimentos sobre os estilos presentes no mercado brasileiro. A diversidade é uma característica marcante do mercado cervejeiro nacional e permite que os consumidores explorem novos sabores e aromas.

Conclusão

Esperamos que tenham se beneficiado com nossas dicas e lhes desejamos uma ótima tarde de bar, agora conhecendo diversos termos cervejeiros para se dar bem dentro desse universo infinito de cervejas artesanais.

Bons chopps!! Prost@!

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